segunda-feira, 11 de junho de 2012

MAIS UMA VEZ...


MAIS UMA VEZ...

Um verso solto no ar...
e a esperança de poder sonhar...
mais uma vez.

O desejo brilhando no olhar...
e a vontade de querer te amar...
mais uma vez.

Mais de uma vez
gritei teu nome,
em plena tempestade...
enfrentando deuses e mares,
mais uma vez.

Mais de uma vez
eu quis estrelas em nossos sonhos,
eu quis a lua no teu corpo,
pra te navegar delirante e louco,
amalucado de prazer...

Mais de uma vez
eu vi teu rosto no espelho
refletido em águas claras,
sob as mesmas brumas raras...
mais uma vez.

sábado, 9 de junho de 2012

E veio água...


AÍ VEM ÁGUA...



As nuvens estão carregadas...
As mentes...
Os corpos...
As vidas
O sol se escondeu
Atrás das mais cinzentas...
Aí vem água.
Que venha
a chuva então.
E molhe o verso...
A palavra...
E livre a alma.
Limpe a poeira
Dos sapatos...
Dos abraços...
Revele a lama...
Desvende a estrada...
O caminho certo
Pro caminhar seguro...
Refaça o limo,
Desfaça o engano,
Disfarça os sentimentos
Escorregadios...
Revolte os mares,
Conquistadores,
Bravios...
Rompa as amarras...
Liberte os gentios...
Fortaleça as matas...
Os campos...
Os ombros...
Os homens...
Enferrujem as armas...
Venha a chuva
E encha os rios,
Transforme os sertões...
Aumente as plantações....
As tribos....
As nações...
E nos devolva
A calma,
A força,
As bênçãos,
A crença no Pai...
OXALÁ...
Saravá.
E que o sol
Volte a brilhar...

domingo, 3 de junho de 2012

O DISCO VOADOR REVELA NOSSOS SEGREDOS


O DISCO VOADOR REVELA NOSSOS SEGREDOS

Cruzou o espaço                       
O Tal disco voador...
Riscou em Brasa
O céu do Redentor...
E no seu rastro
De poeira, estrelas,
Nuvens passageiras,
Veio mostrar
Que nossa chama
Nunca se apagou...
Veio revelar
Que nossa história
Mal começou...                                    
                                                                        
Do passado                                         
mais recente,                 
abraços quentes,                      
quem não vai lembrar?            
Fazemos um do outro             
parte do presente,                   
em beijos ardentes,                 
não se pode negar...                 
mas do passado           
mais distante,              
que se perdeu             
por entre espinhos,      
pela curva do caminho,                                     
quem vai acreditar?                 
O tal do disco voador             
veio pra relembrar...                
                                              
Se já fui Rei                  
tu fostes sempre minha  
Princesa...  
Se fui Guerreiro 
fostes sempre 
a Pitonisa...
Se por ausência
já chorei, 
morreste 
de tristeza...                  
Pelo fogo                   
ou pela água,  
já sofremos por amor
e separados,                                      
nossos caminhos
reencontrados 
no tal disco voador...                          

Já namoramos
em invernos glaciais...
vivemos da terra,
transformando
os metais...
Senhor, Senhora,
às margens
Do Círculo de Pedra,
sobre as Brumas...
deixando enigmas
indecifráveis
pros mortais....


Num leito de ouro
Fundamos nosso império...
na Taça de Cristal
revelamos
os mistérios...
Nem mesmo sábios, alquimistas,
conquistadores de outras terras,
conseguiram descobrir ...
Agora é tarde...
O tal disco voador
já vai partir...

DOM RAUZITO


DOM RAUZITO

Eu quero crer
Que pra tudo
Deve Ter
Explicação...
Ninguém vive,
Nasce, morre,
Sem razão...

DOM RAUZITO,
Botou fogo
Em Ipanema,
Fez, fuçou, forçou,
A porta do barraco...
Quando puder
Eu vou querer
Viajar no espaço,
No tal disco voador,
Que ele pegou...

O segredo do Universo
Tá contido
No meu vero,
Na palma
Da minha mão...
E o Princípio
Do querer,
Já não basta
Só saber,
Tá no sangue
Que bombeia
O coração...

DOM RAUZITO,
Botou fogo
No sistema,
Beijou, comeu, cuspiu,
No mesmo prato...
Quando puder
Eu vou querer
Viajar no espaço,
No tal disco voador,
Que ele pegou...

DOM RAUZITO,
Reinventou
O teorema,
Pegou,mexeu, juntô,
O que é
De cima
Com o de baixo...
Quando puder
Eu vou querer
Viajar no espaço,
No tal disco voador,
Que ele pegou...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ROTINA OU À ESPERA DO CAFUNÉ


ROTINA OU À ESPERA DO CAFUNÉ



Atividade intensa...
Na cadeira
assenta-se.
Abre programa...
Fecha janela...
Limpa lixeira...
Confere mensagem...
Da cadeira
 levanta-se...
Beber alguma coisa
Pra enganar a fome...
Vai-se
 até a copa.
Bebe água fresquinha,
Em três goladinhas...
No mesmo copinho,
Toma-se café.
Com cuidado
Pra não queimar a língua
E o desejo
Do beijo,
Que na Sexy- ta Feira
É mais forte...
Mesmo porque
Sai-se mais cedo
E tem-se mais tempo
Pro cafuné...

Jotha Jr.: